Você assiste vídeos de True Crime e seriados sobre serial killers e já ficou pensando em como eles surgem e o que faz com que uma pessoa se torne um assassino em série? Esse post é para ti então.
Quantas histórias de serial killers você já viu? Tanto as fictícias quanto as reais. Provavelmente inúmeras. Desde famosos do cinema como Hannibal Lecter, Dexter e Patrick Bateman, quanto os de verdade como Ted Bundy e Jeffrey Dahmer.
Mas você já se perguntou como eles surgem? Será que há uma propensão quando se nasce ou é o ambiente em que crescem e vivem que faz com que eles se tornem assim?
ESPECIALISTAS EM SERIAL KILLERS
segundo o criminologista Scott Bonn, é provável que o surgimento de um seja uma combinação dos dois fatores. Ele explica que os psicopatas nascem assim, enquanto os sociopatas são socializados para isso. Então existe um espectro, mas não é preto no branco, e existem múltiplos fatores além desses.
Já Louis Schlesinger, professor de psicologia forense diz que não se sabe ao certo, mas há um componente neurobiológico muito forte no assassinato sexual em série porque o instinto sexual é biologicamente determinado.
E a professora de psicologia forense e justiça criminal, Katherine Ramsland afirma quese você estudar um caso, poderá identificar as influências, mas não poderá generalizar a partir desse serial killer para todos os outros. Ela diz que você pode encontrar algumas coisas em comum em muitos casos, como abuso ou ferimentos na cabeça, mas isso não será verdade para todos os assassinos em série.
Scott Bonn fez uma diferenciação entre psicopatas e sociopatas. Mas será que…
TODOS SERIAL KILLERS SÃO PSICOPATAS?
Segundo o próprio Bonn,nem todos os psicopatas são assassinos em série, e nem todos os assassinos em série são psicopatas. Ser um psicopata por si só não faz de ninguém um assassino em série. Algo mais tem que acontecer. Ele explica que, no caso (de um serial killer que) é um psicopata, seu cérebro funciona de maneira diferente de um cérebro humano normal. Eles processam os estímulos de maneira diferente. Em particular, no lobo frontal do cérebro onde os impulsos são controlados. O lobo frontal é que nos impede de agir instintivamente, mas os psicopatas praticamente não têm controle de impulsos.
Já Louis Schlesinger aborda outro ponto de vista, dizendo que o povo americano quer que seus assassinos sexuais em série sejam gênios do mal, com QI de 180, que falam cinco línguas. Mas que isso está bem longe da verdade. Ele garante que a grande maioria são pessoas não qualificadas, desempregadas e de trabalho braçal.
Eaí vamos para o próximo ponto que vemos muito em histórias de assassinos em série.
SERIAL KILLERS E TRAUMAS
Segundo Bonn, pode haver uma correlação entre traumas de infância, mas não é suficiente para transformar alguém em um assassino em série. São inúmeros fatores que se tornam uma tempestade perfeita que transforma uma pessoa em um serial killer.
Schlesinger diz que a maioria das pessoas quer procurar um evento divisor de águas na vida de alguém que explique esse comportamento, mas pais pobres e traumas de infância não são, por si só, dispositivos para criar alguém que mata em série por gratificação sexual. Milhares de pessoas tiveram uma infância horrível e eles não saem por aí matando.
Mas então…
FATORES PARA SE TORNAR UM SERIAL KILLER
Para Katherine Ramsland há uma grande variação nesta população, desde uma variedade de motivos, antecedentes, idades e comportamentos, até diferenças na fisiologia, sexo, estado mental e percepções que influenciam o raciocínio e as decisões.
Ela diz que cada pessoa processa de forma única uma determinada situação em suas vidas, e algumas gravitam em direção à violência. Isso pode ser violência defensiva ou agressiva, psicótica ou psicopática, reativa ou predatória, para citar algumas possibilidades.
Qualquer fator como abuso, negligência, desvio ou bullying, por exemplo, pode ter influências diferentes em pessoas diferentes, e novas experiências podem modificar as percepções de forma positiva ou negativa.
Mas com tudo isso, tem como identificar que um assassinato foi realizado por um serial killer?
CRIMES E SERIAL KILLERS
Para Scott Bonn, a maneira como você sabe que existe um serial killer é porque eles deixam marcas consistentes, evidências consistentes de que você está lidando com o mesmo indivíduo.
Para Louis Schlesinger, se você olhar para assassinos sexuais em série, eles muitas vezes fazem coisas com o corpo além do que é necessário para matar a pessoa, como deixar a vítima em uma posição degradante com as pernas abertas com coisas enfiadas ou esse tipo de coisa. Ele afirma que o motivo por trás disso é que matar apenas não é psicossexualmente suficiente. Então, eles têm que ir além para se sentirem satisfeitos.
E essa brutalidade toda faz com que os serial killers sintam culpa pelo que estão fazendo ou saibam que é errado?
Scott Bonn explica que assassinos em série que podem ser psicopatas ou sociopatas têm transtornos de personalidade antissocial para os quais não há cura. Eles sabem diferenciar o certo do errado, eles simplesmente não se importam. As leis da sociedade e moralidade não significam nada para eles.
É por isso que os serial killers quase nunca conseguem usar a defesa de insanidade quando vão a julgamento, porque não são clinicamente ou legalmente insanos. Eles são apenas indiferentes às leis da sociedade e indiferentes ao sofrimento dos outros.
A mesma ideia é dita por Louis Schlesinger: Eles sabem que o que estão fazendo é errado. Mas eles sentem remorso ou culpa? Ele diz que, geralmente, não. Quando o assassino encobre a cena do crime, quando usa telefones descartáveis para encobrir seus rastros, isso mostra que tem consciência da culpa e da ilicitude de seu comportamento.
Então, quando você vai ao tribunal, não há base para um júri considerá-lo legalmente insano. Você pode ter todos os tipos de distúrbios psicológicos. Agora, essas pessoas não são normais, obviamente. Mas eles não são legalmente insanos.
Ele ainda defende que, apesar disso, não existe uma fórmula para aplicar em todos esses casos. Por exemplo, William Heirens, na década de 1940, ficou famoso por escrever nas paredes do banheiro de suas vítimas: “Pegue-me antes que eu mate mais. Eu não posso me controlar”. Essa consicneica de Heirens mostra que é difícil dizer se todos sentem culpa ou não, ou se todos sabem se é certo ou errado.
Para finalizar o vídeo, aquela pergunta que não que não quer calar: Existem sinais que sugerem que alguém pode ser um assassino sexual em série?
Louis Schlesinger identifica 10 sinais de ameaça que, quando vistos em combinação, indicam um risco para um potencial assassino sexual.
SINAIS DE POTENCIAIS ASSASSINOS SEXUAIS
O primeiro é “O abuso infantil é o número um que tem capacidade preditiva muito baixa, mas está por trás de quase todos os assassinatos sexuais em série em um grau ou outro.” Depois temos a “Conduta sexual materna inadequada. Os meninos precisam ver suas mães como assexuadas. Quando um adolescente vê sua mãe se comportando sexualmente, é muito, muito desestabilizador.”. Depois a “Mentira patológica e manipulação.”. Em quarto lugar temos a “Fantasia sádica com compulsão para agir.”. Depois temos a “Crueldade contra os animais, principalmente em relação aos gatos, porque o gato é um símbolo feminino.”. O sexto ponto é a “necessidade de controlar e dominar os outros.”. Em sétimo “Atear fogo repetidamente.”. Em oitavo “Voyeurismo, fetiches e roubos sexuais, roubos com motivação sexual.”. Em nono “Ataques não provocados a mulheres, associados a emoções misóginas generalizadas.” E, por último, “Evidência de comportamento ritualístico ou característico.”
Reconheceu alguém com essas características? Melhor ficar de olho, né? Me conta aqui nos comentários quais histórias sobre serial killers que você já viu e se interessou pelo tema.
Se você gosta de histórias de terror, conheça minhas histórias publicadas na Amazon. E se quiser ver mais sobre filmes e terror, dá uma olhada nesse post aqui sobre o tema. Te encontro no próximo post com mais histórias. Até mais.