extinção em massa

Uma nova EXTINÇÃO EM MASSA está ocorrendo na TERRA | e é pior que qualquer outra

De acordo com registros fósseis coletados em diferentes regiões da Terra,já ocorreram cinco tipos de extinções em massa; a maior delas aconteceu há 250 milhões de anos, quando cerca de 95% de todas as espécies foram extintas. No atual momento, a humanidade ainda está segura, mas alguns cientistas sugerem que o planeta está passando pelo sexto evento de extinção em massa nesse exato momento.

De acordo com uma pesquisa do instituto World Wildlife Fund, as plantas e animais selvagens estão cada vez mais sem ambientes naturais para continuar sobrevivendo em segurança. Os pesquisadores afirmam que a Terra está passando por uma das maiores crises de extinção em massa desde o período dos dinossauros.

Nova extinção em massa

O novo evento échamado de extinção do Antropoceno e é a única extinção em massa causada por seres humanos. Destruição de habitat naturais, poluição e agricultura desenfreada são apenas alguns dos fatores que contribuem para essa extinção.

Além desse estudo, existe outro que sugere que, nas próximas décadas, aproximadamente um milhão de espécies correm o risco de serem exterminadas por conta destas mudanças. Apesar disso, muitos cientistas apontam que tentar antecipar os resultados de um colapso tão significativo é uma tarefa extremamente complexa.

Mas se é tão difícil projetar o futuro, vamos começar analisando o passado. Então, quando e como ocorreram as últimas extinções em massa?

Extinção em massa do passado

Extinção do Ordoviciano-Siluriano

O primeiro evento é chamado de extinção do Ordoviciano-Siluriano. Ela ocorreu há 440 milhões de anos e extinguiu organismos marinhos. Cerca de 85% das espécies existentes foram dizimadas. A causa foi uma mudança climática severa que alterou a temperatura do mar, causando a morte da maior parte das vidas no oceano. Houve também a glaciação – um período de frio intenso – do supercontinente Gondwana, que acabou diminuindo drasticamente o nível de água dos mares, causando perda de hábitat para muitas espécies e destruindo a cadeia alimentar de outras.

Algumas teorias alternativas sugerem que metal tóxico pode ter-se dissolvido nas águas do oceano durante um período de esgotamento do oxigênio, o que acabou exterminando a vida marinha na época.

Extinção do Devoniano Superior

O segundo evento é a extinção do Devoniano Superior, que ocorreu há 365 milhões de anos e foi responsável pela extinção de 75% das espécies existentes na Terra. O período Devoniano viu a ascensão e a queda de muitos animais marinhos, mas também foi quando a vida começou a se desenvolver na terra. Plantas, como árvores e flores, provavelmente causaram uma 2ª extinção em massa, conforme desenvolveram raízes, transformando pedras e entulho em solo.

O solo rico em nutrientes desaguou nos oceanos, fazendo algas nascerem em enorme escala. Isso causou “zonas mortas” gigantes – áreas onde as algas retiram o oxigênio da água e sufocam a vida marinha. A teoria não é consenso, e alguns cientistas acreditam que erupções vulcânicas foram responsáveis pela diminuição dos níveis de oxigênio no oceano.

Extinção do Permiano-Triássico

O terceiro evento foi a extinção do Permiano-Triássico. Esse foi o maior evento de extinção em massa da história da Terra ocorreu há cerca de 250 milhões de anos e dizimou 96% da vida marinha e 70% da terrestre. Conhecido como “a grande morte”, foi um período de vulcanismo extremo do planeta, na região da Sibéria. Os vulcões liberaram grande quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, causando efeito estufa, mudando padrões climáticos. O nível do mar aumentou e chuva ácida caiu sobre a Terra.

Extinção do Triássico-Jurássico

O quarto período foi a extinção do Triássico-Jurássico. Ele ocorreu há cerca de 200 milhões de anos e dizimou 80% das espécies. Embora não esteja claro por qual razão a 4ª extinção ocorreu, os cientistas acreditam que uma atividade vulcânica massiva aconteceu onde hoje está o oceano Atlântico, causando o mesmo problema do período Permiano: dióxido de carbono engatilhando mudanças climáticas.

Teorias alternativas sugerem que níveis crescentes de dióxido de carbono liberaram metano preso no permafrost, solo congelado encontrado na região do Ártico, o que teria causado a extinção em massa.

Extinção do Cretáceo-Paleógeno

Por último, o quinto evento foi a extinção do Cretáceo-Paleógeno, ocorrida há apenas 66 milhões de anos, dizimou 75% das espécies. Todos os dinossauros não aviários foram mortos. Diferente dos anteriores, esse evento foi causado por um agente externo: um asteroide com mais de 13 quilômetros de largura que mergulhou na Terra a 72 mil quilômetros por hora. Ele fez uma cratera de 180 quilômetros de largura e 19 quilômetros de profundidade – o lugar onde aconteceu o episódio hoje é a Península do Iucatã, no México.

O impacto queimou a terra ao redor, em um raio de 1,45 mil quilômetros e fez as temperaturas globais despencarem. Espécies que podiam voar, cavar ou mergulhar fundo nos oceanos sobreviveram. Hoje, temos pássaros para contar a história: acredita-se que aproximadamente 10 mil espécies descendem de sobreviventes do impacto.

Mas e a nova extinção em massa, então?

Um dos autores do estudo do instituto World Wildlife Fund, Tony Barnosky, explica que a taxa de extinção atual está 100 vezes mais rápida que a média dos últimos eventos de extinção em massa. A humanidade continua em segurança, mas Barnosky aponta que em todas as outras extinções, pelo menos, 75% de todas as espécies foram dizimadas — ou seja, caso alcance a mesma média, a sexta extinção poderia aniquilar até 75% de todos os seres vivos.

Nomeada de extinção do Antropoceno, o sexto evento de extinção está sendo impulsionado por diferentes atividades humanas, como o uso abusivo de água e energia. Atualmente, a agricultura é responsável por aproximadamente 90% do desmatamento global e pelo consumo de 70% de toda a água doce do planeta. A industrialização também é causadora de diversos problemas, desde sistemas de produção que contribuem para a emissão de gases do efeito estufa ao uso insustentável de recursos naturais.

Caso a humanidade não se desvie de um caminho mais desastroso, a Terra continuará a perder sua biodiversidade em um ritmo acelerado. Além da extinção de espécies, o planeta pode sofrer mudanças climáticas críticas nas próximas décadas.

Mas ainda é possível salvar o planeta?

Segundo um dos principais cientistas sobre extinções de espécies, Gerardo Ceballos, a única solução para reduzir o atual evento de extinção é desenvolver estratégias para preservar as regiões do planeta que ainda são ricas em recursos naturais. Inclusive, Ceballos está realizando um estudo na Guatemala, em parceria com agricultores locais, para entender se a solução é realmente viável.

Para organizar o salvamento da natureza ao nível global, o cientista afirma que seria necessária uma cooperação internacional em diversas áreas, como política, econômica e social. O objetivo dessa parceria é encontrar soluções adequadas para cada região, a fim de reduzir a mudança climática e a extinção das espécies.

Para tentar reduzir os efeitos de uma nova extinção, a Wildlife Conservation Society criou o Tratado do Alto-Mar, uma cooperação internacional para proteger 30% dos oceanos em áreas protegidas até 2030. O acordo foi anunciado na COP 15 (Conferência das Partes de Biodiversidade da Organização das Nações Unidas), em 2022.

De qualquer forma, governos em todo o mundo já estão negociando para criar diferentes acordos de preservação da natureza e redução dos efeitos da mudança climática.

A grande questão é só conseguiremos nos organizar e unir para não causarmos essa nova extinção. É a ficção se tornando real pouco a pouco.

Quantos livros e filmes você lembra com esse tema apocalíptico? Me lista aqui nos comentários.

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